sexta-feira, dezembro 28, 2012

Mudança e mais mudanças

Conforme mencionado no post anterior, este blog ficou bastante parado durante 2 anos por 2 motivos.
1- Como liderei o desenvolvimento do Maximo Workforce Management, pouco tempo sobrou para postar artigos aqui.
2- Então saí da IBM para me associar a PhiInnovations e trabalhar com software embarcado. Isso significou muito mais trabalho e aprendizagem, o que não me permitiu postar mais artigos.

Como meu novo papel na PhiInnovations tem outro foco e não somente o de GIS vou criar outro blog temático nesta área, e provavelmente postarei novos artigos aqui de vez em quando.

Sou muito grato a IBM que me permitiu conhecer, aprender, sofrer e crescer. Mas mudanças são sempre muito bem vindas.

Maximo Mobile Workforce Management

Este blog ficou muito parado por muito tempo. Mas explicarei o porquê no próximo post. Agora quero falar do Maximo Mobile Workforce Management que foi o último produto que trabalhei na IBM.

Existe uma demanda grande de gerenciamento de pessoa em campo, otimizar o tempo trabalhado, a distância percorrida e o atendimento a urgências é bem complexo e exige ferramentas de gerenciamento temporal e espacial. O mercado tem poucas opções então foi que em 2011 o departamento da Tivoli decidiu criar um produto que contivesse ferramentas e inteligência para não só permitir o gerenciamento de mão de obra no tempo (com gráficos Gantt e agendamentos) como também relacionar este com as habilidades da mão de obra e sua localização.

Assim o time do Maximo Spatial recebeu um novo desafio para criar este produto juntamente com o time do Maximo Scheduler que já tinha lógica de gerenciamento relacionado ao tempo. Nosso time criou em 1 ano uma ferramenta que permite exibir todas as equipes em campo sobre mapas. Mapas esses que podem ser Google Maps, Bing Maps e também ESRI. Traçar as rotas dessas equipes pelas ordem de serviço e em tempo real monitorar as alocações em um gráfico que contabiliza o tempo de execução das ordens de serviço e movimentação da equipe entre elas. Além disso a equipe em campo recebe quais são as ordens de serviço e a navegação entre elas.

Estupendo não? Eu gostei muito de trabalhar neste projeto, os gerentes de produto Lisa Stuckless, Rodrigo Dombrowski, David Havican e Lori Pilgrim fizeram um excelente trabalho criando um produto do zero.

Há aqui uma apresentação feita pelo Laboratório Tivoli Brasil sobre o produto http://www.slideshare.net/alipaiva/maximo-scheduler-751-workshop-pedro-solfa-sep-2012.

Este produto teve por mim um carinho diferenciado pois foi meu último projeto na IBM, saí da IBM em agosto de 2012 para uma nova empreitada que tem a ver com meu próximo post.

Estou aqui pensando se devo agradecer nominalmente a todos do projeto, mas com certeza esquecerei algum novo de maneira injusta, mas pelo menos a duas pessoas tenho que agradecer:
 - Ao Rodrigo Dombrowski, que pacientemente aguentou a minha teimosia na hora de definir a implementação dos seus requisitos.
 - Ao grande Alcantaro Jovanco que me fez durante 3 anos sentir que existe sim pessoas capacitadas e habilidosas para gerenciar grandes times de desenvolvimento.

Obrigado!

quinta-feira, junho 23, 2011

MundoGeo#Connect

Fui no MundoGeo#Connect, evento que aconteceu entre 14 e 16 de julho. Pelos dados oficiais 7.5k pessoas participaram do evento nos três dias de evento.
Fila, fila, fila 
O evento não começou nada bem. Quem era pré-inscrito tinha que pegar uma fila imensa para fazer o credenciamento. Demorou tanto que a organização liberou a entrada de todo mundo para que o evento pudesse ter um mínimo de pontualidada (atrasou). Isso foi bastante incômodo mas acontece.

O evento tinha uma feira realmente grande, é bom ver o mercado assim tão agitado. Além da feira havia mini-cursos e seminários. Me inscrevi no seminário de Geolocalização & Negócios.
Fila vista de um bom angulo

Seminário de Geolocalização & Negócios

O seminário foi interessante, apesar de algumas palestras bem fracas, ele teve alguns pontos altos.

Rafael Siqueira fez a 1a apresentação do seminário sobre o Apontador.
Já é a 3a ou 4a vez que assisto à apresentação do Apontador, 80% do conteúdo é repetido mas... Não me canso de ver o entusiasmo deles sobre suas atividades. É interessate que o Apontador compete com empresas que serão bastante dificeis de concorrer, mas eles o fazem muito bem e acredito muito neles. Uma das novidades (nem tão novas, mas novas em relação à última apresentação) foi o ApontaOfertas que está seguindo a trilha da efervescência da compra coletiva.

A palestra seguinte tinha como tema "Coleta, integração e análise de dados em tempo real". Três empresas discursaram sobre o tema. Mas só o Helder Azevedo da Navteq teve impacto, por motivos óbvios, ele tinha uma apresentação, idéia a ser desenvolvida e conhecimento de causa. De importante ele falou da tendência de empresas fornecerem dispositivos e navegação gratuíta em troca de serviços (crowdsourcing). Por exemplo o Trapster no qual as pessoas compartilham informações sobre posição de radares.

Keynote Speakers 

Os keynote speakers foram Joel Campbell, Presidente da Erdas e Luiz Paulo Souto Fortes, Diretor de Geociências do IBGE. Palestras curtas e bastante superficiais. O Joel falou bastante do histórico da Erdas e Luiz Paulo falou bastante sobre o OGC e o INDE (mais INDE ehehe). Mas nada demais.

Mapeamento e Propaganda

No período da tarde foi um pouco decepcionante. A apresentação de Arlete Meneguette sobre o mapeamento da cidade de Presidente Prudente utilizando o Google Map Maker.  Apesar de ter certo apelo para popularizar o GIS na comunidade não é uma palestra tão interessante em relação ao tema do seminário. E depois de conhecer o projeto da Rede Jovem de mapeamento, dificilmente algum outro projeto irá sobrepor tamanha inspiração que mapear favelas via WikiMapa. (veja o post).

Depois teve a apresentação do Denilson da Imagem sobre o ArcGisOnline. Essa em especial me frustrou bastante. Não é por conhecer ESRI a fundo nem nada, é por ter uma apresentação totalmente comercial de um produto (uma propagando basicamente) num seminário pago como este. Este foi o ponto mais negativo da conferência (mais que a fila inicial).

GeoMarketing

Às 15:00 começaram as palestras de geomarketing. Foram realmente interessantes como por exemplo a da Bemobile de Marcel Albuquerque. Eles fazem marketing via SMS... é isso mesmo SMS. Dai você pensa "que atraso, obsoleto etc..." mas todo mundo recebe SMS, desde aqueles com super IPhones ou Androids como aquele com celular que só recebe chamada. O SMS é enviado (após um opt-in que pra mim é o ponto crítico dessa solução) para celulares próximos de determinada antena de celular.

Depois teve a apresentação da Navita, uma empresa de TI que gerencia dispositivos (evitando funcionários instalarem Torrents nos computadores das empresas), que faz seu próprio marketing se pagar. Eles criam aplicações para celulares. Apps simples como receber uma notificação quando seu time faz gol. Parece que eles tem muitos usuários no exterior e essas apps promovem o nome da empresa. Interessante forma de fazer marketing e se pagar.

Passeio na feira

Cansei de ficar sentado e acabei perdendo as palestras sobre rastreamento para passear pela feira. Foi bom ver grandes estandes de grandes empresas num evento local de GIS.
Dentre os destaques foi o estande da Logica. Foi legal conversar sobre a solução deles para a CPFL Energia usando SmallWorld. Conheço pessoas que trabalham na CPFL e tem críticas ao sistema como por exemplo atualização dos mapas. Sei que eles costuma abrir o SmallWorld e o GoogleMaps do lado para ver se algo mudou na região que estão atuando. É usar GoogleMaps para ter dados mais atualizados é no mínimo desespero. A explicação que obtive foi que a CPFL não atualiza por que não quer. Não sei dizer a real causa.
Além da CPFL também me foi apresentado a solução da Lógica para a Sabesp, e melhor a apresentação foi feita pelo, já companheiro de eventos, Airton da Sabesp. O Signus, também é um sistema usando SmallWorld que basicamente permite a Sabesp mapear seus dutos e etc. O interessante é que eles sincronizam os dados com uma base Oracle para que o ArcGIS utilize os dados para assim terem mapas temáticos.

GIS 2.0
Voltei para o seminário assistir as apresentações finais. Foram 3 interessantes. A primeira foi do Estevão Rizzo que é biólogo e trabalha na 8020mkt em Campo Grande. Eles fazem marketing usando o FourSquare, mas FourSquare em Campo Grande??? é parece que foi uma das cidades que mais usou o FourSquare no último ano. Mas como??? O que aconteceu foi que o pessoal da 8020mkt começou a trabalhar com este tipo de marketing, mas percebeu que não funcionava pois as pessoas não sabiam como usar o FourSquare.
Ao invés de procurar outro nicho eles resolveram promover o FourSquare. Criaram o blog FourSquareBrasil sobre o assunto e acabaram treinando diversos usuários. Muito legal a insistência deles.

Então tivemos a apresentação do Kekanto, que é uma espécie de FourSquare com Yelp! tupiniquim. O Kekanto é bastante interessante, bem feito, e já com volume de acessos. Mas aqui cai novamente no caso da 1a palestra do Apontador, é uma concorrência complicada com o FourSquare, ou com o Apontador, ou com os diversos sites de indicação de lugares para comer etc... Mas eu sou fã de todas iniciativas nacionais, mesmo que "afrontem" gigantes do mercado.

A última palestra foi de Francisco Tupi do blog Games2learn sobre gamificação com geolocalização. Realmente o apliações que integram games com geolocalização são bastante interessantes e fazem sucesso. Vide o próprio FourSquare que tem uma idéia simples, com um jogo quase bobo que eu mesmo não me canso de usar ehehe. Além disso apps como o Scvngr vão exacerbar esta temática.

Em suma
O evento foi bom, permitiu novamente o networking. Sempre é bom rever amigos que trabalham na área como o Alex da CDS e o Airton da Sabesp. E é muito bom ver este mercado bem ativo e cheio de players.
Entretanto não foi ótimo e o motivo foi basicamente a organização. A fila inicial desmotiva qualquer um, durante o seminário houve muitos, mas muitos problemas com o datashow, e algumas palestras muito comerciais num seminário pago.
Longe deste post quere dizer que o evento foi ruim, só não foi ótimo. Tanto que irei certamente no próximo!

segunda-feira, janeiro 31, 2011

GIS no Oracle OpenWorld Latin America 2010

Nos dias 7, 8 e 9 de dezembro de 2010 ocorreu o Oracle OpenWorld Latin America em São Paulo. Foram apresentadas diversas novidades de tecnologias da Oracle. Pelas estatísticas oficiais houve 10.000 visitantes, o que é um número bem significativo para esse tipo de evento.

E o que isso tem haver com GIS? 
 A resposta é fácil: Oracle Spatial! O Oracle Spatial é a extensão dos banco de dados Oracle para armazenar e manipular dados espaciais. O Oracle Spatial é um dos pioneiros dentre os grandes DBs a integrar as funções espaciais dentro do SGBD, não mais sendo necessário um middlewarde, como um ArcGIS, para fazer manipulações espaciais. Ele é uma ferramenta extremamente poderosa e por isso esperava encontrá-lo no evento.
Decepção
É apesar do meu apetite de GIS e GIS ser uma nicho extraordinário para empresas de banco de dados, no Oracle OpenWorld 2010 não havia NADA sobre o Oracle Spatial. Por nada eu quero dizer se alguém chegar no evento procurar o produto, não acha. Havia stands de dúvidas com profissionais da Oracle para cada produto Oracle, mas também não havia nenhum do Oracle Spatial. Isto foi extremamente frustrante uma vez que meu maior interesse neste evento era GIS.
Para não ser injusto houve 2 palestras oficiais da Oracle sobre Oracle Spatial, com o James Steiner, VP de tecnologias de servidores e com o João Paiva que é o Principal Member of Technical Staff da equipe do Oracle Spatial. O que não deixa de ser muito, mas as palestras ocorreram em horários com grande concorrência de tópicos, além disso palestrar são importantes, mas para uma tecnologia que já está no mercado o acesso a conhecimento e informações delas devem ser mais diretos. Se, por exemplo, alguém durante o evento quer discutir sobre Spatial e não foi à palestra, bom ele não terá nenhuma opção.
Luz no fim do túnel
Apesar do pouco enfoque da Oracle havia um stand do Grupo Ação, parceiro da Oracle, que tinha conhecimento e conteúdo GIS. O Grupo Ação comercializa o iSmart da irlandesa eSpatial, que é um produto baseado na web que permite análise, criação e edição de dados geográficos usando o Oracle Spatial. O iSmart é uma ferramenta extremamente customizável que permite expor todas as funções espaciais do banco de dados para o usuário.
Houve uma palestra sobre o produto ministrada por Jackson Carvalho, gerente da unidade de negócios de GIS da Ação, e Jeferson Zanim, gerente de produto. Eles mostraram as diversas funcionalidades nativas do iSmart que mostrou enorme facilidade de criação de aplicações sobre o Oracle Spatial. E também as formas de extensão delas, fazendo a ferramente extremamente versátil.
E não se restringiram só com a palestra, havia um totem dedicado ao iSmart com parceria da Navteq que era o oasis de GIS do Oracle OpenWorld.
Balanço
Apesar da decepção com o pouco investimento em GIS do evento, a presença do Grupo Ação com o iSmart e sua parceria com a Navteq fizeram o evento ser interessante. Ao final do evento Jackson do Grupo Ação ainda fez a gentileza de me apresentar ao João Paiva do time do Oracle Spatial, ele deu uma palhinha das futuras funcionalidades do Oracle Spatial.
Fazendo o balancete até que o evento foi muito bom, mas não foi pela regra mas sim pelas exceções.


ps. Para ver as palestras do OpenWorld acesse:
http://landingpad.oracle.com/webapps/dialogue/ns/dlgwelcome.jsp?p_ext=Y&p_dlg_id=9705778&src=7003177&Act=258

quarta-feira, setembro 22, 2010

1o EUESRI - Encontro certamente histórico

Durante a última ESRI User Conference em San Diego eu fui à sessão sobre a história do GIS. Foram 3 sessões muito interessantes que uniam a história de tecnologia da informação com a de geografia. Durante elas, pessoas que haviam participado da história de GIS estavam ali e iteragiam com a palestra.
Um ponto em comum entre eles era que além de serem ativos protagonistas da história do GIS, também tinham participados das 1as conferência de usuários ESRI.

E nos dias 31 de agosto e 1o de setembro  aconteceu o primeiro encontro de usuários ESRI do Brasil, o EUESRI, e eu participei!!! Claro que é muita arrogância minha querer me comparar aos desbravadores de GIS que estavam em San Diego mas... é certamente um momento histórico.

O evento foi criado pela Imagem que é a principal parceira e revendedora ESRI no país. Foi um grande evento com quase 500 pessoas e diversas apresentações dos principais players e usuários ESRI no país. 
Implantadores e parceiros
Quero começar com uma boa notícia, assisti a palestras de parceiros da Imagem que fazem implantação de sistema usando ESRI. A que me marcou foi a da GISPlan. A GISplan é uma consultoria especializada em geo informação. Até ai nenhuma novidade, mas o que me chamou a atenção é o caminho que eles estão começando a seguir, que é o de desenvolvimento de produto GIS, chamado GeoViewer. O isso é uma ótima novidade, ver empresas nacionais criando produtos. Acredito que produtos são essenciais, eles geram capital intelectual, especialização e geram mais serviços. 
A GISplan está de parabéns!
Usuários
Dentre os usuários vi as apresentações de Prefeituras, como a de Caragatatuba, e das gigantes Vale e Petrobras. Essas foram muito interessantes, a da Petrobras marcou mais mostrando como um sistema de GIS simples pôde trazer imensa visualização da informação. 
Uma área da Petrobras desenvolveu o Sistema de Informação Geográfica de Engenharia Submarina GIS SUB utilizando o ArcGIS que monitora todos os ativos da empresa, inclusive imensas bóias em alto-mar que possuem GPS. É possível até saber se a bóia está em deslocamento ou não, e mais, eles criaram um cálculo que baseado na velocidade da bóia onde eles podem dizer se ela está a deriva ou sendo rebocada. Isso parece bobagem mas vejam essas notícias: 

Bóia da Petrobras surpreende banhistas de janeiro de 2008 ou Mais uma bóia da Petrobras se desprende em Ilha Comprida de abril de 2008.


Não só para controle de ativos mas também para a imagem da compania é importantíssimo rastrear e monitorar essas bóias. E nesse ponto a ferramenta de GIS foi de fundamental importância.


Nostalgia
Durante o intervalo das apresentações uma pessoa me abordou dizendo "Você não fez Unicamp", eu olhei e, após alguns segundos para fazer no seek do disco, lembrei que sim, e mais que fazia pelo menos 11 anos que não nos víamos. Ele era o Cleber Mira, trabalhamos na mesma época na Compeq, empresa júnior da Unicamp, em 1999. Foi realmente notálgico.
Mas mais que isso, o mais interessante foi quando ele me disse que  ele estava lá para avaliar o ArcGIS para o projeto que ele participa do projeto Biota da Fapesp. A minha introdução ao GIS foi em 2000 em um projeto de iniciação científica, com a profa. Cláudia Bauzer, exatamente no projeto do Biota da Fapesp. Aí a nostalgia tomou conta.
Na época o projeto de inicição científica era permitir que biólogos do estado de São Paulo fizessem consultas geográficas pela fauna e flora do estado via web. O biólogo selecionaria uma região no mapa e através do MapInfo geramos uma imagem com a consulta geográfica dele e mostramos num applet. Hoje isso é feito com uns 3 cliques usando o ArcGIS online, as na época era complicado.
Hoje o Cleber está trabalhando na expansão do Biota para exibir perfis de espécies, publicação de dados em repositórios via metadados, gerenciamento de dados taxonômicos, edição de mapas pelos clientes, integração de funcionalidades que facilitem o trabalho colaborativo e gerenciamento de dados multimídia.

Quanto à técnica

Quanto à complexidade técnica dos projetos apresentados, com exceção dos mencionados acima, a maioria era  muito simples. Projetos que basicamente externalizavam para a Web a visualização de GIS desktop. Além disso, essas externalizações foram feitas utilizando o Flexviewer da ESRI, que é muito potente mas que nada mais é que um sampler. Não digo que re-utilizar seja errado, pelo contrário, o problema é não gerar nada de novo. Quase todos os produtos eram o Flexviewer básico, consulta por atributos, desenho, identificação e locate. Quase nenhuma extensão, e pior, nenhuma avaliação do porquê usar Flex, sem pensar em outras alternativas. Isso é a parte de TI, agora quanto a parte de GIS, mais um ponto fraco. 
A parte de GIS mostra que a grande maioria das soluções são apenas visualização de entidades no mapa. Simples e crua. Espero que isso mude no futuro. 
Outro ponto falho foram as demonstrações, com poucas exceções a maioria mostrou vídeos das soluções. Até mesmo demonstrações de produtos ESRI feitos pela imagem teve demos em vídeo. Confio nos produtos da ESRI sei que funcionam, mas apresentar demos deles em vídeo dá a impressão de que tem problemas.

Apresentação
No evento tive a oportunidade de apresentar o Maximo Spatial. O Maximo Spatial é um sistema Enterprise Asset Management (EAM) com GIS. Este produto é desenvolvido pela IBM com a maior dos integrantes sendo brasileiros.
Foi uma apresentação interessante pois normalemente ela é feita para pessoas que não conhecem GIS, então a ênfase em GIS é grande. Neste caso foi o contrário. Mas foi interessante ver a expressão das pessoas vendo um produto que é desenvolvido no Brasil que tem tamanho pontencial. Quem tiver interesse na apresentação a veja aqui.

Ah, a demonstração foi real, sem nenhum vídeo!
Balanço final
No todo o evento foi espetacular, quando postei sobre o evento de qualidade de dados aqui fiquei preocupado pois havia muito poucos participantes. Mas o EUESRI foi muito maior, claro que ainda longe do original da ESRI em San Diego mas foi um ótimo passo em direção dele. 
Parabéns à Imagem pelo evento, e à ESRI pelo apoio.
Além disso me sentirei honrado em poder falar daqui, digamos, 10 anos quando estivermos no 10o EUESRI que participei do histórico 1o encontro de usuários ESRI do Brasil.

segunda-feira, agosto 23, 2010

ESRI UC e o qual nosso negócio

7a ESRI User Conference 
De 12 a 18 de julho passados estive na conferência dos usuários da ESRI em San Diego.
A Environmental Systems Research Institute (Instituto de pesquisa de sistemas ambientais), ou ESRI, é a maior empresa e GIS do mundo. 

Ela foi quem introduziu o GIS à internet. Ela é realmente uma gigante, é a quarta maior empresa de software do mundo, seus sistemas são é utilizado por mais de 300 mil organizações. Mais de 24 mil prefeituras utilizam o seu software no mundo. Eu participei de projetos em 2 prefeituras (Chesapeake - VA e Henderson - NV) que utilizavam sériamente o software ESRI (Sobre a experiência com elas pretendo escrever em um artigo futuro).
Seu produto mais conhecido é o ArcGIS Server que é um pacote de softwares de GIS extremamente robusto.

Dada a magnitude da empresa é de se imaginar quantos usuários ela possui. O evento teve mais de 14 mil pessoas. Houve diversas apresentações incluindo as sessões no plenário principal do primeiro dia que sugiro fortemente assistí-las (http://www.esri.com/events/user-conference/index.html).

Jack Dangermon abriu o evento no plenário compartilhando a sua visão de como o GIS pode mudar o mundo, e para melhor.

Uma das apresentações do plenário foi de Richard Saul Wurman, que falou sobre o projeto 19.20.21. Este projeto procura analizar e comparar os dados sobre as maiores cidades do mundo e poder explicar como elas se organizam. O nome vem de que haverá 19  cidades com mais de 20 milhões de habitantes durante o século 21. Este projeto mostra análise como as que mostra que em São Paulo a concentração de habitantes é mais distribuída que Nova Iorque é cheio de significado, por exemplo se a população de são paulo é mais distribuída que NY então o trânsito em São Paulo deveria ser menor que o de NY pois as pessoas se deslocariam de diferentes localidades e não da mesma diminuindo o efeito pendular. Entretanto não é verdade, o trânsito de São Paulo é tão ruim quanto o de NY. Dai mais informações de como a cidade se organiza é necessário mais dados, mais cruzamento informação que pode levar a compreesões mais complexas e interessantes.

Mas na apresentação de Wurman o que foi mais impactante foi quando ele disse que o negócio de GIS é o da compreensão.
"We are in the understanding business!"
Realmente, o nosso trabalho é tentar explicar, prover mais informações, comunicar padrões para outros seres humanos ou para nós mesmos. Nós lapidamos os dados, os transformamos em mais informação para que pessoas que trabalham naquele domínio de informação olhem para aquela maneira de visualizar os dados em mapas, gráficos, esquemas e digam "Uau! Isto me permite analisar algo muito mais complexo apenas visualizando os dados". E realmente os dados do TED comprovam isso. E de qualquer outro sistema de GIS, quando se abre um mapa buscando restaurantes próximos, nele já se muito mais informação do que se uma lista telefonica fosse utilizada. E muito mais informação pode ser extraida, como encontrar um restaurante próximo que também está no caminho do teatro etc.

Por isso mais e mais eventos de GIS awarness tem sido feitos, pois essa tecnologia tem quer ser explorada para expandirmos nossas fronteiras de conhecimento.



sábado, julho 17, 2010

Seminário sobre qualidade de dados espaciais no Brasil

Nada como participar de seminários nacionais para poder 'localizar' o GIS no Brasil. Fui no dia 8 de junho no Seminário de Qualidade de Dados Espaciais no Brasil, promovido pela revista MundoGeo.
Apesar de o tema ser a qualidade dos dados espaciais o seminário abordou muito mais que isso apresentando os principais players de GIS no país. Dentre as apresentações mais importantes quero destacar.

PARCEIRO TELEATLAS
Na parte de manhã o mais interessante foi de Felipe Seabra da Digibase. Ele mostrou que há um bom mercado para comercialização de imagens satélite e mapas. O ponto interessante foi sobrea rapidez com que dados de rota do trecho sul do Rodoanel foi liberado. Este foi na parte da manhã que teve bastante do mesmo (empresas de mapeamento falando de suas soluções).

EXÉRCITO E GIS
A parte da tarde já foi  bastante mais interessante, ela começou com o Coronel Omar Antonio Lunardi falando sobre o INDE (Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais) que discursou sobre os padrões que o governo brasileiro vem definindo para melhor avaliar a qualidade de projetos GIS. A proposta da MundoGeo para o evento eram apresentações curtas de aproximadamente 10 minutos com bastante tempo para debate e perguntas. Essa regra foi totalmente ignorada pelo Coronel, e só a sua apresentação durou todo o tempo disponível da 1a sessão da tarde, entretanto foi extremamente interessante e para pessoas que gostam da parte técnica (como eu), foi de grande valia.
Tentarei falar sobre o INDE neste blog futuramente.

ESTRADA REAL
Em seguida uma sessão com o projeto SitGeo da Estrada Real. Um projeto notoriamente alinhado com as principais tendências de mapas temáticos no mundo voltado para incentivar o turismo pela Estrada Real. A estrada real era principalmente o caminho que ligava Parati no Rio a Ouro Preto, o projeto com apoio da FIEMG criou mapas usando overlays sobre o GoogleMaps com os principais pontos de interesse da estrada, melhores hotéis, onde comer e o que ver. Além disso eles mapearam trilhas na mata, estradas de terra que fazem a viagem do usuário do sistema mais interessante. E agora eles pretendem ter uma maior iteração permitindo que os usuários também contribuam com opiniões e até novas trilhas para o sistema, funcionalidade importantíssima hoje em dia.

GRANDES PLAYERS DE GIS
A terceira sessão contou com ótima explanação sobre o mercado de GIS feito por representates da AMS Kepler e da Surface Real World Models. A AMS Kepler foi apresentada por Antonio Machado que falou sobre a AMS Kepler. Após a apresentação conversando com Antonio
ele me disse que em 1998 trabalhou na IBM no projeto que diziam que dominaria o mundo, que infelizmente não foi pra frente, falarei mais sobre ele em um post futuro.
O Manoel Ortiz da Surface mostrou que já temos base de dados muito boas sobre algumas regiões (principalmente de São Paulo). Ele falou também da forma de disponibilização dos dados e enfatizou a atual empreitada da ESRI com a nova versão do ArcGIS 10 onde eles criaram uma imensa infra estrutura para o ArcGIS Online.

GRAND FINALE
Até a última sessão o evento tinha sido muito bom, com diversas visões do mercado e informações de grande valor. Mas a última sessão foi extraordinária, vou pular a primeira palestra pois é a mais impressionante. A segunda foi de Rafael Siqueira CTO da LBS local da MapLink + Apontador, foi uma palestra muito dinâmica mostrando todo o potencial de localização na Web 3.0. A ideia principal atualmente não é onde estamos mais onde temos estado, assim traçamos melhor o perfil dos usuários e provemos melhores soluções. Um ponto muito chamativo foi quando ele mostrou a página principal Apontador em 2000, ele era muito parecido com o que é o GoogleMaps hoje!!! Isso é incrível e mostra como o poder de marketing de uma empresa pode ofuscar a nossa percepção do quanto eles são inovadores. Aposto que em qualquer pesquisa se perguntar quem começou com mapas na web provavelmente 99% vão responder que foi o Google, e mais acredito que ninguém diga que em 2000 tinhamos uma empresa tão desenvolvida em GIS como o MapLink e apontador.

Em seguida subiu Renato da Silva Lima da Unifei (Universidade Federal de Itajubá) que falou sobre o projeto Track Source, conhecida fonte colaborativa de mapas rodoviários. O Track Source não é uma novidade tão grande, nem mesmo a criação de mapas colaborativos, mas a palestra foi mesmo interessante por causa não só da forma que Renato da Silva Lima fez sua apresentação (a piadinha de que Itajubá está tão longe quanto Cumbica foi sensacional) mas também do relato de sua experiência em GIS.
Ele começou com uma iniciação científica em 1993, e o principal problema foi mapear as ruas de São Carlos. A forma que ele descreve esse processo é excelente e no final como todo o trabalho foi perdido dada a obsolecência rápida de mapas rodoviários devido a criação de novas ruas ou novos sentidos de trânsito também foi muito bom.

Mas voltemos para falar da melhor apresentação. Foi de Patrícia Azevedo que começou falando que estava nervosa pois quando começou a ouvir sobre precisão e acurácia de mapas, sobre o INDE (que ela diz não ter entendido nada) e etc ela achou que o que ela tinha a falar era muito simples comparado a tudo aquilo. Então ela começou a descrever sobre o projeto da Rede Jovem. A Rede Jovem criou o WikiMapa, que é um projeto que permite pessoas que moram em favelas mapearem os pontos de interesse da comunidade e disponibilizarem no Google Earth. Isso tem tamanhas consequencias que motivam e enobrecem o trabalho da Rede Jovem. O WikiMapa inclui os jovens das favelas no mundo digital, e não incluem fazendo coisas banais, eles as incluem as permitindo fazerem coisas fascinantes como redes sociais integradas com localização. O que a Patrícia cria na Rede Jovem com o WikiMapa é (roubando as palavras ditas por Renato da Silva Lima da Unifei) no mínimo apaixonante. Acessem o site deles www.wikimapa.org.br e vejam que trabalho sensacional.

EM RESUMO
Conferências locais são importantes fatores de integração e sustentação do ecossistema de GIS fazendo as pessoas se 'conectarem' , verem o que já é ou não é feito no país. Parabéns a MundoGeo pelo evento, assim localizamos bem o GIS no Brasil.

quarta-feira, junho 23, 2010

Glossário 101 - Crowdsourcing e Sistemas Geográficos Voluntários

Há algumas definições de Crowdsourcing, algumas delas podem ser vistas na pagina que a define na Wikipedia. Mas simplificando crowdsourcing pode ser mais genericamente definido como a geração de informação a partir de muitas fontes (ou pessoas). Meio ao pé da letra é 'oriundo da multidão'. Muitos sistemas hoje são baseados no crowdsourcing, a Wikipedia mesmo é um exemplo. Diversas pessoas no mundo colocam informações voluntariamente na Wikipedia e também fiscalizam essa mesma informação.
No crowdsourcing devido ao volume fontes e produção de informação, a informação gerada tende a ser verídica e correta.
Esse fenômeno permite não somente gerar informação em grande volume como também em tempo real. Se há neste instante algum grande acontecimento você encontrara informação sobre ele muito mais rapidamente no Twitter ou no YouTube do que em qualquer outro meio autoritativo de informação que tenha editores como radio ou TV.
Essa forma de geração de informação de maneira voluntária também é (bem) aplicada em sistemas de informação geográficos (GIS). Pessoas disponibilizam voluntariamente informações geográficas que geram  sistemas robustos é altamente interessantes.
Exemplos desses sistemas são Wikimapia que permite que qualquer um entre com informações de qualquer local.
Outro exemplo importantíssimo é o OpenStreetMap que é um projeto colaborativo para criar um mapa livre e editável do mundo. Ele permite que qualquer pessoa visualize, edite e use dados geográficos colaborativamente de qualquer ponto da terra. Nele você pode criar estradas, ruas, etc, gerando mapas que são disponíveis para todos gratuitamente. Você pode mesmo baixar esses mapas no seu GPS.

Esses sistemas que geram dados geo-referenciados a partir de fontes voluntárias são chamados no contexto GIS de sistemas Volunteer Geographic Information (VGI), ou de informação geográfica voluntária.

Grandes empresas no mundo que exploram esse mercado de GIS estão altamente interessadas nesses sistemas. A capacidade de gerar mapas que modelam o mundo em tempo real é incrível. Seria possível por exemplo re gerar rotas não só baseado no transito mas também nas condicoes da pista baseado em informações de caminhoneiros sobre a estrada em tempo real. Ideias mais alem podem ate facilitar empresas de mergulho a decidirem o local para mergulhar baseado na informação geo referenciada de avistamento de animais marinhos.
O Map4divers é um exemplo de VGI que permite mergulhadores compartilharem informações sobre clima em diversos pontos de mergulho.

O Google com o Google Maps já explora essa geração de informação como por exemplo utilizando as imagens e vídeos geo-referenciados públicos do Picasa. A ESRI, outro gigante do setor de mapas, já explora VGIs utilizando suas ferramentas e criando sites como de monitoramento de desastres. Nesses sites é possível ver o impacto atual e fornecer dados para a analise dos desastre. Aqui estão alguns exemplos:
Consulte a pagina de serviços de resposta e assistência a desastre no site da ESRI clicando aqui.
A ESRI também explora VGIs aplicada eGov 2.0. O eGov 2.0 é a iniciativa de tornar os governos mais transparentes e mais acessíveis a seus cidadãos. Sistemas VGI podem permitir os cidadãos informarem sobre problemas de saneamento e seus locais nas suas cidades. Cidadãos podem ter em seus GPSs informações sobre obras publicas e fiscaliza-las quando estiverem próximo a elas.




VGI são sistemas em crescente expansão que podem auxiliar em situações de risco, ajudar para o melhor planejamento de atividades de lazer, prover um serviço de tempo real de roteamento, integrar ações do governos com seus cidadãos e mais ainda, contribuir para o mapeamento do mundo.

segunda-feira, junho 07, 2010

Aplicações GIS: Otimização de rotas

Quando pensamos em uma solução que inclua sistemas GIS a primeira e mais trivial idéia é aplicá-lo ao problema do caixeiro-viajante (TSP do inglês 'travelling salesman problem').
O TSP consiste basicamente no seguinte: Como fazer o caixeiro viajar por várias cidades percorrendo o menor caminho. Por 'menor caminho' é possível definir diversas definições, por exemplo o menor caminho sendo o de menor distância, ou o menor caminho sendo o que passar por menos pedágios, ou mesmo a combinação de mais de um desses.
Há muito estudo sobre a melhor forma de resolver esse problema e ter abordagens criativas. Há muitos algoritmos  desenvolvidos para tal, e sua aplicação em sistema de logística é direta.
Para empresas de transporte a solução do TSP é importantíssima, entretanto o TSP é a versão simplificada do problema real para essas empresas. Empresas de transporte tem normalmente mais de 1 'caixeiro viajante'. A otimização é buscada obtendo o caminho mais barato entre diversas cidades utilizando diversos veículos (representação real do caixeiro viajante). Além disso outros parâmetros podem ser usados como entrada do problema como por exemplo tempo limite para se visitar todos os pontos, exemplo na distribuição de jornais, eles devem ser entregues até uma hora limite.
Esse problema de roteamento de veículos (PRV) é um dos mais estudados problemas na área da otimização combinatória. E novamente ele pode ter diversas variantes como:
  • Problema de roteamento de veículos capacitados (PRVC)
  • Problema de roteamento de veículos com janela de tempo (PRVJT)
  • Problema de roteamento de veículos com coleta e entrega
  • Problema de roteamento de veículos com múltiplos depósitos
  • Problema de roteamento de veículos periódico (PRVP)
  • Problema de roteamento de veículos periódico com janela de tempo
  • Problema de roteamento de veículos com entregas particionadas
Todos esses problemas se beneficiam de sistemas GIS para obter diversas informações, a mais direta é os possíveis caminhos. Um mapa de estradas ou ruas permite traçar quais são as possíveis rotas a se percorrer, além de também determinar as localidades que se deve visitar, como mostra o mapa abaixo:

Nele há 4 pontos a serem alcançados com algumas simples possíveis rotas. Entretanto esse mapa pode ser mais complicado como o seguinte:

A análise dele é mais complicada e sistemas de ajuda na geração da melhor rota se tornam indispensáveis em empresas de logística. Para se ter uma idéia o custo de entrega de um produto é, em média, 10-15% do valor do produto.
Sistemas GIS permitem resolver o melhor traçado acima tendo dados da rede de caminhos e a localização dos pontos de entrega e dos veículos. Há possibilidade não utilizar dados geo referenciados para resolver o TSP, entretanto com a utilização de dados geo referenciado se pode ter melhorias na solução como re-definição das rotas em tempo real. Com GIS é possível monitorar a posição dos veículos assim pode-se re-gerar as rotas ótimas entre os pontos.
Além disso é possível obter outras informações geo-referenciadas como previsão do tempo para uma região ou informações de tráfego de uma região ou sobre desastres naturais como ponte ou pistas interditadas.

Fazendo a convergência dessas informações se tem não só a possibilidade de facilmente evitar problemas nos percursos, re gerando o melhor percurso automaticamente, como dando suporte decisões mais complexas no planejamento de percurso.
Mais, tendo os veículos geo-referenciado pode-se criar zonas proibidas e monitoramento do percurso percorrido, detectando desvios desnecessários e/ou perigosos.

Casos de sucesso da aplicação de GIS para roteamento de frotas existem para empresas como DHL e o The Washington Times.

Concluindo, é fácil perceber que a utilização de GIS para solucionar o problema otimização de roteamento de frota aumenta muito a qualidade de solução. GIS permite a convergência de dados geo referenciados resultando numa rota que se baseia informações importantes como tráfego, clima e regiões restritas.

terça-feira, junho 01, 2010

Glossário 101 - O que é GIS

Para começar qualquer discussão é importantíssimo que os termos e palavras sejam bem definidos e compreendidos por todos. Portanto nada mais importante que um glossário.

E o termo mais importante aqui é G.I.S. (Geographic Information System).
Um Sistema de Informação Geográfica  (SIG em português) é um sistema que integra software, hardware e dados para o gerenciamento, análise, captura e visualização de todas as formas de informação geo-referenciadas.

Um GIS permite visualizar, entender, questionar e interpretar dados de várias formas que revelem seus padrões, relacionamentos e tendências na forma de mapas, globos, relatórios e gráficos.

O GIS auxilia a tomada de decisões e a resolução de problemas permitindo uma simples interpretação visual do seus dados.


Um exemplo simples desse poder de sistemas geográficos é quando o comparamos com outras formas de disponibilização dos dados. Vamos analisar a seguinte tabela:

DescriçãoDistância (m)
Siga a leste na Av. Ataulfo de Paiva até a R. Carlos Góis190
Vire a direita no segundo cruzamento na ruam R. Alm. Guilherme130
Pegue a 1a a direita na Av. Gen. San Martin600
Vire a esquerda na R. Gen. Venâncio Flores180
Vire a esquerda na Av. Delfim Moreira42

É possível interpretá-la, mas e se ai invés da tabela os dados estivessem assim:

A informação não só é mais simples de ser interpretada e utilizada como permite até melhorias no trajeto. Ao  visualizar os relacionamentos geográficos é possível decidir se é melhor ir a pé ou de carro do ponto A ao ponto B. Ou seja, pela visualização ser geo referenciada se extraiu mais informação dos dados do que somente direções textuais.

Dai o grande valor de soluções GIS. Os campos de aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica, por serem muito versáteis, são enormes. Pode-se utilizar na maioria das atividades com um componente espacial, da cartografia a estudos de impacto ambiental ou vigilância epidemiológica de doenças, de prospeção de recursos ao marketing sendo um grande pilar de complexas decisões.

Referências:
http://www.gis.com/content/what-gis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_informa%C3%A7%C3%A3o_geogr%C3%A1fica

GIS no Brasil

Quero dedicar este blog a facilitar o entendimento das tecnologias GIS (Geographic Information Systems) permitindo a melhor visualização de suas oportunidades de aplicação no Brasil.